domingo, 27 de janeiro de 2013

Comunicado

Meus seguidores, por motivos particulares precisarei me ausentar do blog por alguns dias.
Está tudo bem comigo, mas preciso viajar. Volto a postar em breve e lhes aviso.
Obrigada pela consideração.
Fiquem em paz!
Beijos.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Filho de peixe, peixinho é...

 É muito comum os pais falarem isso para as crianças quando elas repetem um comportamento seu, principalmente se este comportamento for algo relacionado com um sucesso, seja artístico e/ou profissional. Eles sentem orgulho da criança, mas isso, no fundo, nada mais é do que uma projeção dos pais com relação àquela criança. Tudo parece perfeito, desde que o comportamento imitado seja algo que a criança realmente goste de fazer e não seja forçada a realizar. Vou dar um exemplo: a dupla Sandy e Junior começou a trabalhar ainda na infância, mas em todas as entrevistas que deram sempre deixaram claro que gostavam do que faziam, isto é o correto.

 Agora forçar uma criança a fazer coisas que os adultos realizam somente por projeção dos pais sem o consentimento e aprovação por parte delas eu não acho adequado. Nem sempre temos os mesmos gostos de que nossos pais, mas algumas crianças por ameaça e medo podem repetir comportamentos dos pais não por sua própria vontade, mas por pressão. Pais, não façam isso; em vez de ajudar, estão atrapalhando o desenvolvimento saudável de seu filho (a). Se quiserem que seus filhos (as) sejam adultos de sucesso, deixem experimentar e ser eles mesmos desde pequenos, este é o segredo da vida saudável

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Qual é a diferença entre a atividade diagnóstica, de aplicação e de avaliação?

Esta foi uma pergunta feita por uma professora; vou explicar cada uma separadamente para efeito de compreensão.

 Atividade diagnóstica ou levantamento dos conhecimentos prévios do é aquela em que os professores aplicam uma atividade ou situação significativa para saber quanto às crianças tem conhecimento sobre aquele determinado assunto. Por exemplo, se querem saber se as crianças conhecem cor elas devem fazer uma atividade/situação significativa, que possa verificar se as crianças sabem identificar as cores e seus nomes.

 Atividades de aplicação devem acontecer após o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado assunto. São dadas após a atividade diagnóstica, por exemplo, se já foi detectado que as crianças não sabem cores, os professores devem propor situações com guaches, lápis de cor, brincadeiras onde elas devam pegar objetos desta ou daquela determinada cor. Enfim, usar a criatividade e propor várias situações de aprendizagem.

 Atividades de avaliação propriamente dita acontecem após a atividade diagnóstica e de aplicação. Servem para verificar se os alunos chegaram ao objetivo proposto; continuando nosso exemplo, se eles realmente aprenderam as cores e as identificam.

 Na educação infantil a atividade de avaliação serve como parâmetro para novas ações, não como reprovação. As crianças ainda estão em desenvolvimento e não podemos avaliar tão severamente um comportamento se não aprendido com 3, 4 e 5 anos; às vezes nem nós que somos adultos aprendemos com tanta facilidade; então não exija demais nesta idade. Apenas use atividades/ou situações para que o professor repense novas formas de ensinar e não como a aprendizagem do aluno.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sofia, não mexe aí!

Imaginem a cena: pai e mãe conversando com a gerente do banco para buscar empréstimo para compra de um carro. Sofia tem 5 anos, estava toda enfeitada com uma máscara de gatinho e um cachecol de penas rosa. Curiosa como ela só, ela andava pelo banco inteiro e a mãe não sabia se prestava atenção na gerente ou na Sofia.

Até que uma hora a menina estava sentada na mesa do lado da gerente mexendo no computador de outro gerente, que havia saído para atender o cliente. A gerente de empréstimos com medo que a menina mexesse disse assim: “Não mexe aí que o tio vai ficar bravo com você!” A menina nem ouviu o que a gerente disse e continuava a mexer. A mãe somente dizia assim: “Sofia não mexe aí”. E a menina continuava.

Vamos refletir sobre esta cena. Lugar de criança não é em um banco quando os pais sabem que poderão demorar conversando com uma gerente, mas suponhamos que não têm com quem deixar; então o jeito é levar, explicar para a menina o que é um banco, o que eles vão fazer lá, com quem vão conversar e, se possível, levar um brinquedo da criança para que ela possa se distrair enquanto espera. Agora pedir para uma criança ficar quieta em meio a tantas novidades e dizer apenas “Sofia não mexe aí” em nada adianta. Porque a menina estava maravilhada com aquele ambiente, era tudo novidade, ela corria de cá para lá, mexia com o caixa, com as pessoas, com os computadores vazios.

Enfim, quem está errado nesta situação não é a criança e sim o adulto que exige sem ensinar. Era tão mais fácil se a mãe deixasse o pai falando com a gerente e brincasse com a Sofia até que o pai tivesse as informações necessárias. Porém deu para perceber que o pai queria a atenção da mulher naquela hora, então a mãe se encontrava dividida entre a filha e o esposo. Isto acontece quando o casal não dialoga sobre a importância de se educar uma criança. E na cabeça da mãe também não estão as informações que mostro aqui; então tudo passa meio despercebido para aquela família e para a sociedade. A mãe estava educando porque ela reprendia a menina dizendo toda hora “Sofia não mexe aí”.  Mas no meu conceito ela não estava educando e sim cobrando sem ensinar. Reflitam sobre...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Olha para cá, o peixinho está aqui...

Esta cena precisa ser comentada com vocês. Uma família (pai, mãe e uma menina de uns 3 anos) estava a passear e tirar várias fotos. O pai mostrava o mar e dizia “olha lá o peixinho, ele está pulando para fora d’água!”. A criança estava feliz vendo o peixinho. Neste momento tão empolgante o pai vira de costas para o mar, pega a criança no colo, olha para a mãe e “diz tira uma foto”. A criança estava entretida ainda com a história do peixinho e não olhava para a câmera de jeito nenhum. A mãe chamava, o pai falava e ela com o rosto virado para trás. Até que a mãe diz para ela assim; “olha para cá, o peixinho está aqui”. A menina vira-se, não vê nada e começa a chorar e ainda dizendo “você me enganou. Não tem peixinho nenhum aí”.

Resultado: a mãe não conseguiu tirar a foto porque a menina não virava o rosto e quando fez começou a chorar. Fiquei pensando: para que toda esta situação provocada pelos pais “sem noção”? Eles deixam a criança curiosa falando do peixinho que estava no mar, a garotinha toda entretida, brincando, falando sobre o peixinho. Nisto o pai resolve virar a criança para tirar fotos, a menina não queria tirar fotos e sim queria observar o mar. Vejo cada cena; para mim é ótimo por que se torna material para contar para vocês. Mas, sinceramente, muitas situações constrangedoras poderiam ser evitadas se os pais pensassem no que fazem e como fazem.

É tão simples viver, mas às vezes complica-se tanto. Era tão mais fácil esperar a criança perder o interesse pelo peixinho e depois perguntar se ela queria tirar uma foto. Mas nós, adultos, não respeitamos seus gostos e desejos e podamos riquezas de aprendizagens para guardar uma simples foto de recordação, que se depois não ficar boa será apagada no computador. Essa é a época em que vivemos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Gravidez: fotos e sonhos

Estava a observar uma mulher grávida fazendo uma sessão de fotos junto com o marido em uma praça pública cheia de árvores e flores. As fotos iriam ficar lindas, percebia-se a felicidade do casal estampada em seus rostos. Não me contive e perguntei: é o primeiro filho? Ela respondeu: “sim, uma menina”. É claro que dei os parabéns ao casal.

Mas meus pensamentos não pararam por aí. Fiquei imaginando se eles estavam realmente preparados para educar uma criança que nasce em 2013. Sabem educar? Recebo tantos questionamentos de pais e mães que não sabem o que fazer e acabam brigando, xingando as crianças e, pior, colocam toda a culpa do comportamento infantil nos pequenos e não percebem que o que causam estes comportamentos são os próprios exemplos que estão em casa.

É tanto sonho, tanta felicidade nas fotos, mas e a realidade dos fatos e acontecimentos do dia a dia saberão enfrentar? Calma, não estou dizendo que não devemos ficar felizes com a chegada de um bebê, não é isto! Mas minha preocupação ia além de fotos, enxoval, berço, cômoda, roupas, mamadeiras. Minha preocupação girava em torno de como educar aquele ser tão inocente e que podemos fazer dele uma pessoa construtiva ou destrutiva dependendo de como pensamos, sentimos e agimos com os mesmos.  Comecem a pensar em o que fazer para educar estas crianças que nascem nesta era tecnológica. Esse é o grande desafio, não dá para educá-los como fomos educados.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Não faz assim, não foi assim que eu te ensinei...

 Ouvi essa frase alguns dias atrás pronunciada por uma mãe para uma menina de 4 anos; a criança estava a comer com colher, mas em um determinado momento ela pega um pedaço de carne maior e come com a mão. A mãe então profere a frase do título. A menina não fica quieta e responde “o que você me ensinou, não me lembro?” Vamos analisar a cena.

 A criança estava comendo naturalmente, a mãe não tinha cortado toda a carne, cortou um pouco e deixou um pedaço maior, a menina já tinha comido as carnes cortadas, então resolveu o problema pegando com a mão. Para a criança tudo estava perfeito.

 Quando a mãe indaga, ela não explica direito o que significa “não faz assim, não foi assim que te ensinei”; na cabeça da menina não houve a correspondência pegar com a mão/ensinar a comer como no pensamento do adulto. É isto que a criança não compreendeu e nem poderia. A frase parece perfeita para nós, adultos, a uma criança não. Se a mãe tivesse explicado assim: Não pega a carne com a mão, eu já vou cortar para você comer com a colher, a criança teria entendido perfeitamente.

 Pensem no que vocês falam; as crianças não têm pensamento abstrato com pouca idade, elas precisam entender o que está sendo falado.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Perguntas de professores: Tenho uma criança que vive isolada; ela é autista? A criança que troca letra é disléxica?

Percebo a angústia dos professores nestas perguntas em querer ajudar as crianças em seu desenvolvimento integral e integrado, mas quero aqui alertá-los e mais do que isto ajudá-los em um processo difícil, que é a questão de diagnósticos de crianças com dificuldades afetivas, e/ou cognitivas.

 Preciso que os professores entendam que nossa profissão como Pedagogos não nos concede que façamos diagnósticos clínicos de crianças com autismos, disléxicas, disfásicas; estes problemas são detectados pela área médica.

 Então o que podemos fazer enquanto professoras? Podemos perceber certas dificuldades de aprendizagem, de relacionamentos e encaminhar o problema até a coordenação e/ou direção, que irá pedir aos pais que encaminhem seus filhos (as) a um especialista.

 Se o especialista pedir um relatório da professora, esta deve somente contar (relatar, descrever) os fatos ocorridos dentro do período que está com a criança, mas jamais deve dar um diagnóstico. Já vi relatórios de professores contando o que acontece e no final dizendo assim “esta criança é autista.” Isto não  é correto; atentem para este procedimento que é da área da saúde e não da educação.

Outra coisa: um diagnóstico nestes casos não se faz da noite para o dia, os médicos geralmente pedem exames, conversam com a família, com os professores, para depois chegar a uma conclusão. Fica aqui o alerta para os professores...

sábado, 19 de janeiro de 2013

Não briga comigo não; por que você está brigando comigo?

 Andando pelo Parque de Coqueiros em Florianópolis observo duas amigas (uma empurrando o carrinho de bebê e a outra mais para trás, elas estavam conversando) e um menino de uns 5 anos mais ou menos que andava pela grama. A mãe o puxa para dentro da pista de Cooper, mas ele volta para a grama. Ela puxa o braço do menino com força, carrega-o pelo braço e põe em seu colo, e começa a falar alto com a criança assim: “eu já falei para você não andar pela grama, não falei?”. O menino pergunta: “Por que eu não posso andar pela grama?” A mãe não responde, coloca-o no chão e o puxa com o braço. O menino verbaliza – “eu não quero andar de mão dada, você está me empurrando”. A mãe já irritada a esta altura começa a falar mais alto e o menino então fala: “Não briga comigo não, por que você está brigando comigo?”. A mãe diz: “Porque você não me obedece”.

Vamos às reflexões: a mãe não explicou ao menino que a grama estava sem cortar, que podia haver algum bichinho que o mordesse, que seria melhor ele andar na pista de Cooper, que na pista não havia nenhum perigo dele se machucar. A mãe foi agressiva tanto verbal quanto fisicamente; pensei na hora que para dar um deslocamento no braço do menino faltava pouco, tamanha era a força que ela puxou o menino para o colo pelo braço. 

O menino quando verbaliza: “Não briga comigo não” significa que ele não estava entendendo nada a situação que estava ocorrendo, pois ele continua a pergunta “por que você está brigando comigo?” Isto demonstra que a atitude da mãe estava incorreta; ela não explicou o porquê ele não podia andar na grama e pior ainda estava brigando ele. A resposta da mãe em nada contribui quando ela fala assim “por que você está me desobedecendo”. Na cabeça da criança ela não entendeu o porquê não podia andar na grama, não entendeu por que a mãe estava brigando e nem em que ela a desobedecia.

A mãe ao mesmo tempo em que brigava, puxava-o pelo braço e ainda falava com a amiga. Conclusão: o menino ficou sem entender qualquer coisa e a mãe achou que estava educando. Pensem: se vivenciarem algo parecido, não cometam os mesmos enganos desta mãe...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Autonomia também é um processo de ensino e aprendizagem

Dar e ensinar a criança a ser autônoma, comendo e bebendo sozinha é importante para que ela possa ir adquirindo autonomia. Mas outros itens também precisam ser refletidos pelos adultos. Vamos lá...

Os utensílios domésticos: o bebedouro está na sua altura para que ela possa realizar esta tarefa de maneira autônoma? Ou cada vez que uma criança quer beber água ela precisa de um adulto para pegar o copo, por exemplo.

Estava analisando os armários de algumas casas outro dia e pensei nisto. Geralmente os copos e os pratos ficam em cima da pia ou do armário e não estão acessíveis para as crianças. E toda vez que as elas querem algo para beber ou comer e precisam de utensílios domésticos, necessitam da intervenção de um adulto e, pior, muitas vezes os adultos não têm paciência para pegar estes utensílios e ainda reclamam com as crianças. 

Não seria mais fácil deixar ao alcance das crianças copos, talheres e copos para que elas mesmas possam pegar seus objetos quando necessário? Ah! Não estou falando isto para crianças pequenininhas de zero a três anos, mas acima desta idade estes objetos podem estar a sua altura para irem adquirindo autonomia. Autonomia também se aprende e precisamos facilitar este processo em vez de dificultar.

Autonomia também é um processo de ensino e aprendizagem

Dar e ensinar a criança a ser autônoma, comendo e bebendo sozinha é importante para que ela possa ir adquirindo autonomia. Mas outros itens também precisam ser refletidos pelos adultos. Vamos lá...

Os utensílios domésticos: o bebedouro está na sua altura para que ela possa realizar esta tarefa de maneira autônoma? Ou cada vez que uma criança quer beber água ela precisa de um adulto para pegar o copo, por exemplo.

Estava analisando os armários de algumas casas outro dia e pensei nisto. Geralmente os copos e os pratos ficam em cima da pia ou do armário e não estão acessíveis para as crianças. E toda vez que as elas querem algo para beber ou comer e precisam de utensílios domésticos, necessitam da intervenção de um adulto e, pior, muitas vezes os adultos não têm paciência para pegar estes utensílios e ainda reclamam com as crianças. 

Não seria mais fácil deixar ao alcance das crianças copos, talheres e copos para que elas mesmas possam pegar seus objetos quando necessário? Ah! Não estou falando isto para crianças pequenininhas de zero a três anos, mas acima desta idade estes objetos podem estar a sua altura para irem adquirindo autonomia. Autonomia também se aprende e precisamos facilitar este processo em vez de dificultar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Férias é duro, não vejo a hora das crianças voltarem para a escola...

Estavam reunidas várias mães em um parque conversando enquanto seus filhos (as) brincavam. A conversa girava em torno dos aborrecimentos que era estar de férias com os filhos (as) em casa, que as férias deveriam ser menores, enfim, a queixa era o incômodo que causavam as crianças aos pais estando de férias. Um menino que estava perto respondeu assim para as mães: “Isto quer disser que atrapalhamos vocês? Então por que tiveram a gente?".

Eu adorei a reposta do menino, mas pensei ao mesmo tempo como os adultos não percebem o que falam e como isto pode ser interpretado como rejeição por uma criança. No pensamento do menino era assim “vocês reclamam,  mas não pensam quando vão ter filhos”.

Por que não aproveitar esses momentos para fazerem coisas diferentes? Não estou falando aqui de coisas mirabolantes ou passeios caros não, pelo contrário, estou dizendo em brincar com as crianças de pintar desenhos, de dançar músicas que gostam, de fazer uma culinária juntos, de brincar no computador junto com eles, de fazer um piquenique diferente, de comer pastel, tomar sorvete, assistir filme, ler livros, enfim, fazer coisas junto com eles que dão prazer e que no dia a dia no corre-corre da vida nem sempre conseguimos realizar.

 É tão simples brincar com as crianças, elas inventam situações e brincadeiras, basta você participar, interagir, fazer parte do mundo delas, conhecer este mundo. Não tenha medo de ser ridículo, de dançar músicas eletrônicas que você talvez não goste ou então nem conheça, mas insisto: participe do mundo delas, brinque com elas assim as férias passam rapidamente e vocês aproveitam juntos momentos que serão guardados para sempre na memória de todos. Isto é viver a vida de forma saudável.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Começar e/ou recomeçar

Já pararam para perceber que a cada novo ano fazemos novos planos? Mas será que agimos diferente? Pensar e não colocar em prática não nos leva a lugar algum. Pensar, sentir e agir faz a diferença em nossas vidas e na de quem está próximo a nós. Como fazer mudanças? Simples! Comecem pelas coisas que não querem mais para si, joguem fora literalmente, façam uma faxina na mente, nas ações, no espaço onde vivem e trabalham. Parece difícil, mas não é. Quando fazemos esta faxina nos sentimos mais leves. Livres para sermos nós mesmos.

Quantas pessoas gostariam de mudar algo e por falta de coragem ou acomodação não o fazem! Então, se está feliz assim ótimo; mas se não está, comece a pensar e agir de forma diferente. Coragem, a vida exige este comportamento de todos nós. Não são os outros que têm que mudar, mas nós mesmos. O que não serve joga fora, troca. O que serve deve permanecer e aos poucos sua vida se transforma. Transformação para melhor, para ter qualidade de vida, para ter afeto, para ter dinheiro, enfim, tudo o que desejar.

Professores, se não estão contentes com alguma atitude, mudem. Façam suas faxinas interiores e assim conseguirão ter conhecimento de si mesmos. Muitas pessoas acham que as crianças estão erradas, que a Coordenação está errada, que a Direção está errada, sempre jogando a culpa nos outros. Olhe para dentro de você e perceba que talvez seja você o errado. Mude e assim tudo se transforma, tente, não tenha medo. Seja um exemplo de coragem para seus alunos (as). Vamos começar 2013 diferente...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Você não presta para nada mesmo!

Expressão forte usada por alguns pais quando querem que o filho (a) faça algo e este não o faz como os mais velhos acham que deveria ter feito. Cuidado quando usam esta frase se acham que com isto as crianças irão responder certo da próxima vez. Estão, sim, muito enganados.

 Esta atitude do adulto para com a criança pode provocar um bloqueio tão grande em sua mente que ela pode acreditar que nunca é capaz de fazer nada certo mesmo, ainda mais por que isto é dito por pessoas de sua estima. Então poderá ficar gravado assim “eu não sou bom em nada mesmo não vou nem tentar”; isto poderá deixar a criança paralisada.

 Também preciso chamar a atenção para o fato: será que você, adulto, ensinou o que é para ser feito ou somente cobrou e depois ainda disse que a errada era a criança? Cuidado com suas atitudes, reveja seus conceitos, pense no que fala e faz. Se quiser que seu filho (a) seja um adulto feliz, forte e capaz, não fale nunca que ele não é capaz enquanto criança, estimule, incentive, eduque para que ele possa fazer tudo o que seja correto para a idade dele.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Se não comer a toda a comida você não ganha à sobremesa

 Já passaram por isto quando criança quer seja em casa ou nas instituições de ensino? Quantos de nós já não vivemos ou presenciamos esta cena? Vamos analisá-la?

 Primeiro, se a criança gosta mais da sobremesa do que da comida para alguém verbalizar isto é porque algum adulto a ensinou a comer a sobremesa ou até mesmo quando sua mãe era gestante ingeria mais alimentos doces do que salgados.

 Segundo: proferir esta expressão do título é fazer chantagem e, pior, ensinar chantagem para as crianças; faz isto, que te dou aquilo. Se fizer o que eu quero será premiada. Esta atitude também ensina a ser controladora.

 Terceiro: quando verbalizamos a expressão citada no título estamos reforçando que a comida não é tão boa assim, mas a sobremesa é gostosa, que fica mais como uma recompensa do que como satisfação em comer algo doce.

 Vamos pensar sobre o fato: será que a quantidade de comida é  adequada para esta criança? Não colocaram muito mais comida do que a fome dela está naquele momento? Estas perguntas servem para que possamos perceber o quanto nós, adultos, erramos com as crianças e, muitas vezes, as obrigamos a comer aquilo que está acima de sua fome. A sobremesa deve também fazer parte do conjunto daquela refeição e não ser um motivo de chantagem. Reflitam...

domingo, 13 de janeiro de 2013

Dúvida de uma mãe...

Uma mãe me fez a seguinte indagação: Meu filho completa três anos em agosto de 2013, não sei se o coloco na turminha de dois anos ou na de três por que ele é pequeno para a turma de três e grande para a turma de dois. O que eu faço? Ele ainda não desfraldou e na turminha de três anos as crianças já fizeram este processo, ele também não fala direitinho como as crianças de três, devo adiantá-lo ou não?

Vamos às respostas dadas por mim. Eu aconselho que seja colocado na turma de dois anos, mesmo que ele seja maior que as outras crianças é melhor ele se sentir um líder do que ser motivo de chacota para os maiores. Ele pode vir a ser o bebezinho para os maiores que já falam e já estão desfraldados. Não pensem que pela pouca idade as crianças não discriminam, elas podem fazer isto sim. A turma dos dois anos, é mais parecido com a realidade que ele vive do que a de três.

 A mãe ficou surpresa e até me agradeceu porque não tinha pensando nisto, que a fralda e a fala poderiam ser motivos de chacota para os maiores, mas pode sim. Se vocês estiverem vivenciando esse problema, pensem sempre que não adianta apressar o nível de desenvolvimento infantil, tudo tem sua hora. Entendo a aflição das mães em querer sempre o melhor para seus filhos (as), mas essas angústias podem muitas vezes atrapalhar o processo de crescimento saudável de uma criança.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Reuniões pedagógicas ou paradas pedagógicas: vamos refletir

Algumas reuniões ou paradas pedagógicas acontecem durante o ano letivo de uma instituição de educação infantil, mas preciso que reflitamos até que ponto acontecem como formação continuada ou não dos professores.

 Muitas destas reuniões acontecem mais como organização de cronogramas de ações, festas que irão acontecer, reuniões de pais etc. Este tipo de reunião é importante para o bom andamento das ações do cotidiano em uma instituição, porém na minha concepção de educação elas são pobres no sentido que em nada contribuem para a reflexão deste cotidiano, e, principalmente, para revisão da própria prática do professor em sala de aula/referência com as crianças.  O que deveria ser um espaço para que os profissionais possam refletir sobre o desenvolvimento infantil, as mudanças da sociedade e como consequência do comportamento das crianças em relação ao processo ensino/aprendizagem muitas vezes isto é deixado de lado em detrimento de tarefas que tem se que cumprir. Festa disto, daquilo, quem organiza o quê, a comida que irá ser servida, e assim por diante.

 Depois os professores se queixam que as crianças estão malcriadas, que os pais não dão educação, que isto, que aquilo, mas poucos voltam a estudar este cotidiano e mais do que isto, compreender como se processa o desenvolvimento em tempos atuais. As crianças não apresentam mais os mesmos comportamentos de 10 anos atrás; a tecnologia mudou e precisamos rever as práticas pedagógicas, mas isto nem sempre acontece. As reuniões precisam deixar de ser somente tarefeiras e passarem a refletir e estudar os comportamentos atuais das crianças se quiserem ensinar dentro da realidade atual. Estudar nunca é demais, pelo contrário, quanto mais estudo tenho a sensação de que menos sei...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Crianças que apresentam maus-tratos, o que fazer na instituição de ensino?

As crianças podem chegar à instituição de ensino apresentando marcas pelo corpo, infelizmente isto acontece. Gostaria muito, mas muito mesmo não ter que escrever sobre esse assunto e que nossas crianças tivessem todas o respeito e o carinho; mas temos pessoas insanas neste mundo e não dá para viver fora da realidade. Então vamos aos fatos.

 Se uma criança apresentar lesões corporais e os professores e/ou auxiliares perceberem isso durante o período que ficam na instituição, cabe aos professores informar imediatamente a coordenação e/ou direção para que todos juntos possam acionar o Conselho Tutelar sobre o ocorrido.

 Muitas crianças que sofrem qualquer tipo de agressão física geralmente não comentam o fato por que o agressor as ameaça e por medo elas não verbalizam. Nesse sentindo, perguntar para a criança não é a melhor saída, pois ela pode se sentir mais insegura ainda. O melhor a fazer é, sim, avisar o Conselho Tutelar que já está preparado para lidar com essas situações de risco, que algumas de nossas crianças enfrentam nesse país. Não podemos ser coniventes com a barbárie com nossas crianças. Denunciar faz parte de nossa profissão, professor.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sento e/ou choro: pais e professores despreparados

Recebo muitos questionamentos pelas redes sociais de pais e professores que me dizem não saber como fazer para lidar com os comportamentos das crianças, que se sentem despreparados para serem pais e/ou professores. Por onde começam, que seus filhos e alunos não obedecem, que eles não sabem como proceder e que muitas vezes têm vontade de sentar e chorar.  Muitas são as queixas e reclamações. Vamos refletir o que está  na entrelinha da frase “sento e/ou choro”; significa que pais e professores querem dizer que as crianças são rebeldes e precisam ser domadas e adestradas e eles não estão sabendo como fazer isto. Me ajude, socorro!

 Pois bem, é simples. Inicialmente as crianças precisam ser elas mesmas, precisam ter liberdade para construírem sua identidade de forma que não sejam adestradas, mas educadas e ensinadas. E só pode educar e ensinar quem está  estudando a si mesmo e as mudanças que a sociedade sofre ao longo dos períodos constantemente.  Com a mudança de sociedade mudam os padrões de comportamento, consequentemente precisamos prestar atenção na nova geração que está nascendo. Um conselho que sempre uso: ninguém nasceu sabendo ser pai/mãe e professor, isto se aprende, os professores ainda possuem escolas para se formar, mas os pais, muitas vezes, fazem-se valer de hábitos antigos que seus pais fizeram com eles.

 Mas lembrem-se: quanto tempo já passou de sua infância, quanto a sociedade mudou? E esta maneira de ensinar, antiga, está obsoleta para os dias atuais, por isso não adianta querer domar ninguém; os tempos são outros, acordem e atentem para isto.