quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vamos conversar?

Alguns pais reclamam que seus filhos (as) não conversam, fico indignada com isto. Por que as crianças aprendem a conversar conosco adultos, se isto está acontecendo é por que a prática do diálogo não está sendo ensinada desde pequeno.

Quando as crianças fazem alguma coisa que lhe desagrada por algum motivo chame-os para conversar. “Vamos conversar? Preciso conversar com você?”

Nesta conversa seja franco, aponte o que você não gostou e o porquê não gostou. Mas sem alterar a voz, pois conversa não é briga. Não ache que você terá razão em tudo, explique o que lhe aborreceu, mas ouça o outro também.  Ouça os motivos que fizeram eles terem aquela atitude, o mundo seria muito melhor se cada um de nós pudéssemos ouvir e ser ouvidos, evitaríamos tantos desentendimentos.

Uma atitude é  importante para conversar: ter humildade para reconhecer que também erramos e não achar que somos os sabedores de tudo só porque somos adultos e as crianças não sabem nada e têm que aprender. A criança sabe muito, muito mesmo. Ouça que perceberá que ela é muito inteligente, as crianças atuais são muito espertas, pois têm acesso aos meios de comunicação e internet, que nós não tínhamos quando éramos crianças. Conversem de igual para igual sempre. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Roupas e mais roupas...

Muitos pais não levam as crianças para comprar roupa com eles. Compram o que os adultos gostam e não aquilo que a criança deseja. Isto cria problemas por que as crianças não vão querer vestir a roupa que não gostam ou não se sentem bem.

Começa a discussão: a família precisa sair e a criança quer vestir determinada roupa, mas a mãe quer que ela coloque outra, a criança insiste, mas não adianta, não tem força para isso e a mãe, por motivos que desconhecemos, insiste e ordena que a criança coloque determinada roupa. A criança ainda insiste e acaba apanhando.

O que essa atitude tem de educativa? Nada, em nada a atitude é educativa; pelo contrário, esse comportamento é de total desrespeito às crianças. As vontades delas não foram levadas em consideração; pelo contrário, foram ultrajadas.

Pais, por favor, deixem que as crianças escolham suas próprias roupas. Levem-nas para comprar juntas com vocês, pais, e, mais ainda, deixem-nas escolher o que vestir quando forem sair. Isto é correto, evita tantos transtornos; a criança tem que aprender a ter autonomia e vontade própria para ser um adulto realizado e feliz.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Hora do almoço ou de refeições não é hora de discussão

Entendo que nenhum momento deve ser de discussão ainda mais em horário de refeições. Hora de comer é um momento que temos que saborear o alimento e não de briga ou discussão. Com a correria do dia a dia, muitas famílias estão perdendo o hábito de se alimentarem juntas.

Se antes isto era uma regra de convivência, hoje está se tornando raridade e, pior ainda, quando neste momento as pessoas se irritam umas com as outras. Para que isto? No momento de raiva nosso organismo produz substâncias nocivas; juntamente com o alimento poderão causar um desconforto muito grande.

Além do mal-estar físico, o psicológico fica abalado e ninguém mais conversa com ninguém, come e engole seco para não piorar. Isto é tão desaconselhável do ponto de vista psicológico e mesmo físico. Por favor, não discutam e sim conversem, mas se não for possível conversar, evitem discussões no horário de refeição, pois não é saudável para ninguém.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vacinação: Vai doer...

Bem, toda criança tem que tomar vacinas no período indicado pelo pediatra, quando elas ainda não falam, expressam seus medos por meio do choro. Penso assim: é tanto terror que colocam nas crianças por causa de médicos, injeções, vacinas que muitas crescem tendo que conviver com adultos que amedrontam em vez de ensinar.

Quando as crianças já estão verbalizando muitas falam que têm medo de injeção, que vai doer etc. Vejo algumas respostas de pais que preciso comentar com vocês para que não façam iguais. Já ouvi pais dizendo assim: injeção não dói nada, é só uma picadinha de nada; para os meninos a cobrança é pior ainda. Homens não choram com tão pouca coisa.   Isso em nada explica a realidade pelo contrário, pode causar mais medo ainda. O correto é falar a verdade, dói um pouquinho porque a agulha vai entrar na sua pele, mas logo passa. Explique e dê seus bons  exemplos, que já tomou injeção antes e que em nada isso modificou a sua pele. Que injeção serve para curar e não dar doença, que é importante para que a criança fique saudável, entenderam?

Explique e converse somente a verdade; isto é mais simples e correto, a criança enfrentará tudo com alivio e não com medo. Enfrentará com realidade, a vida não é assim cheia de problemas que temos que enfrentar. Temos que ensinar desde pequeno a enfrentar de maneira correta, sem medos e receios.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pais abusivos/agressivos x pais permissivos

Outro dia recebi um questionamento por parte de uma mãe.  Ela dizia: Minha criação foi muito agressiva, era só minha mãe olhar de lado que eu já ficava quieta, eu me sentia mal com isso; então resolvi ser o contrário para meus filhos, mas vejo que não deu certo também, o que fazer?

Sabe aquele ditado popular “nem tanto ao céu nem tanto à terra”? É o que cabe de melhor aqui nesta história. Agressividade demais e permissividade demais não formam um ser integral e integrado.

Agressividade física ou verbal gera agressividade e ser permissiva com tudo a pessoa não cria limites, e para viver em sociedade temos que ter limites. Limites para uma boa convivência, não estou dizendo aqui que devam adestrar as crianças para elas viverem em sociedade. Mas sim ensinar, educar, explicar, conversar, fazer tomar consciência do que é bom ou ruim para si mesmo.

Muitos adultos não sabem o que é bom para si porque não foram ensinados desde pequenos. Esse equilíbrio entre a agressividade e a permissividade não é fácil quando temos adultos que são mandões, que escolhem onde vão morar, onde os filhos vão estudar, de quem eles podem ser amigos, onde eles podem ir. Isso também é agressivo, as crianças precisam desde cedo adquirir conhecimento e escolher. Muitos pais acham que dessa maneira estão fazendo o melhor para seus filhos e preparando-os para a vida adulta, quando na verdade não estão. Deixe as crianças opinarem o que querem para si conversem, cheguem a um denominador comum, ninguém faz bem feito aquilo que não gosta; pensem nisso.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Não jogue na cara da criança aquilo que você teve que fazer sozinho quando criança

 Muitos pais não têm paciência de ensinar seus filhos (as) no dia a dia com suas tarefas de casa. Alguns não sabem ensinar ou não entendem o conteúdo, isto não tem problema algum, é só dizer para a criança que não sabe e pronto, que ela busque orientação com os professores. Seja verdadeiro. Não é necessário saber tudo o tempo todo.

O problema é quando eles não sabem, não admitem que não sabem e começam a cobrar das crianças que aprendam sozinhas pois quando eram pequenos não tinham ninguém para ensinar e aprenderam sozinhos. Ora, que redundância; se eles soubessem o conteúdo estariam ensinando as crianças e não estariam jogando na cara que elas aprendam sozinhas.

Pais, não falem isso, em nada ajudam com essa atitude, pelo contrário só causam mais problemas. Se alguém pede ajuda para ensinar é por que não sabe realmente fazer, entendam isso. E sejam verdadeiros para que seus filhos (as) também sejam verdadeiros (as) com você. Entendam que uma relação saudável de pais e filhos (as) exige que ambos possam confiar um no outro e só acontece se houver uma relação em que os dois possam ser eles mesmos. Ser você mesmo é ser autêntico, espontâneo e, acima de tudo, companheiro em todas as circunstâncias.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ficou feio, eu sei que ficou...

Algumas crianças têm como hábito quando pintam perguntar aos adultos se o desenho ficou feio ou bonito. E o que os adultos geralmente respondem: ficou lindo, mesmo a criança sabendo que está feio o adulto responde que está bonito.

Qual seria a maneira mais correta? Tão simples: questionar o que a criança acha e não emitir nenhuma opinião ou elogio. Pergunte à criança: “O que você acha?” Se ela responder que está feio, pergunte: “Por que você acha que está feio?” Por que você acha que não está bonito? Devolva a pergunta para a criança e a deixe pensar sobre o que ela fez. Se ela responder “eu acho feio” continue o questionamento: “O que você fez que você acha que está feio? Onde você precisa melhorar? Em que precisa melhorar?”. E assim por diante.

Essas atitudes farão as crianças pensarem e identificar onde estão errando ou acertando e em que poderiam melhorar. Vá ensinando a pintar, por exemplo; se a criança falou que pintou feio a copa de uma árvore, ensine-a a pintar de um jeito só; por que muitas vezes elas pintam da esquerda para a direita, de cima para baixo e vice-versa. Ensine-as a pintar somente de um jeito: se é de baixo para cima será assim o desenho todo. Isso fará com que elas reflitam e aprendam o melhor jeito de pintar. Fácil e simples basta pensar antes de responder as crianças.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cada dia o desenho sai de um jeito...

Estava com uma criança de seis anos e a mãe em sua casa. A criança pediu que a mãe desenhasse uma árvore, mas ela indicava o que queria que a mãe desenhasse. A mãe por teimosia ou por não prestar atenção no que a criança queria fez um desenho qualquer só para continuar a conversa comigo; pois bem, a criança reclamou e disse assim: “Nossa, não é assim que você fez ontem”.

A mãe respondeu “eu fiz igual a de ontem” e a criança continuava a dizer: “Não fez não”. Bem, para encurtar a conversa a mãe acabou por fazer outro desenho e a criança insistia que não estava igual. A mãe disse assim para a criança: “Nunca fazemos um desenho igual ao outro, isto não existe a não ser que copiamos em cima do desenho anterior.”

Essa atitude da mãe foi muito correta, pois ensinou à criança que os desenhos nunca serão iguais e que nada é perfeito, isto não existe. Parabéns para as mães que possuem essa percepção de explicar às crianças a maneira correta da vida.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Irmãos gêmeos podem tomar banho juntos?

Fui surpreendida com essa pergunta de uma mãe de gêmeos nesta semana pelas redes sociais. E aqui vai minha resposta. Pode sim, desde que os cuidados sejam redobrados. Mas para as crianças que conviveram num mesmo espaço durante meses em sua formação não há problema algum tomar banho juntas, pelo contrário, pode ser um momento de muito prazer tanto para a família quanto para os bebês.

Uma pessoa adulta só  a acompanhar não é aconselhável, pois num minuto de distração um dos dois pode se afogar.  A mamãe precisará de ajuda; o ideal é que o pai ou outra pessoa esteja junto nesse momento coletivo do banho. Os bebês devem ficar de frente um para o outro e assim poderem interagir com a água e entre si. O aconselhável, segundo os pediatras, é que as crianças já estejam sentando para realizar esse banho a dois porque facilita, já estarão mais firmes.

Esse pode ser um momento de descontração da família e de relaxamento para as crianças, além da interação adulto e criança e entre elas. Perfeitamente saudável do ponto de vista psicológico, biológico e social. Diversão na certa, água espirrando para todos os lados e, por favor adultos, não interrompam o momento de prazer por nada. Deixem a “farra acontecer”, água é só puxar com o rodo depois, mas experiências vividas prazerosamente deixam a mente das crianças com lembranças positivas tanto do ato de tomar banho quanto da convivência com os outros. 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Criança na idade escolar necessita de afeição, reforço positivo e atenção dos pais

Quando a criança tem o apoio dos pais na idade escolar desenvolve uma autoestima positiva. Gastar tempo explicando, orientando e conversando é a melhor saída se quer ter filhos saudáveis.

Mas cuidado, alguns professores me apresentam queixas de que os pais, tias e avós muitas vezes fazem a lição para as crianças. Isto não ajuda em nada, pelo contrário atrapalham o desenvolvimento integral e integrado dos pequenos.  Escrevo para alertarem os adultos a terem coerência no que fazem; muitas vezes as crianças adquirem o hábito de enrolar com as tarefas de casa e se os pais não ficarem atentos farão por eles para ir mais rápido. É preferível que essa criança não faça a lição e quando chegar à escola a professora cobre o porquê não realizaram do que vocês pais por medo cumprirem as tarefas.

Quando você faz pelo outro você tira a responsabilidade e nessa idade a criança precisa aprender a ser responsável e comprometida com suas coisas. Dar afeição, carinho, reforço positivo e atenção não é fazer por eles, mas orientar o outro naquilo que for necessário e incentivar a vencer sempre.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Construindo a autoimagem positiva nas crianças

A autoimagem faz parte da identidade da criança, é a forma como ela se vê. Ela se forma gradativamente e está sempre mudando e se transformando. Isso tudo depende do meio social em que a criança vive e interage. A autoimagem é o retrato psicológico que cada um tem de si. Mas como construí-la de forma positiva?

Isso depende também de como os pais montam a sua própria autoimagem e como isso influencia a vida das crianças. Mães que vivem de regime e exaltam muito o próprio corpo podem causar sérios problemas de autoimagem para as crianças.

Outra situação que devemos evitar é expressar o tempo todo que a criança é gorda, muito magra etc. Isso pode prejudicar a autoimagem dela e em nada ajudar na construção de um ser humano forte. Se uma criança está obesa do ponto de vista de um adulto é simples: leve-a ao médico e descubra a causa da obesidade; para a magreza faça a mesma coisa. Mas não destrua a imagem de uma criança. Ela ainda não sabe direito como lidar com seu próprio corpo e evite situações constrangedoras, principalmente na frente de outras pessoas. Se quer que seu filho (a) tenha uma autoestima e uma imagem construtiva de si mesmo contribua para isso de maneira saudável.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

As primeiras palavrinhas de uma criança

Que alegria quando a criança solta às primeiras palavras! Os pais ficam contentes, aliás, toda a família fica feliz. Algumas fazem festa e isso está correto, mas minha preocupação reside em outro aspecto.

Por favor, nesse período é importantíssimo que o adulto preste atenção em como a criança fala, mas não a imite se ela falar “aga” em vez de água; cabe ao adulto também falar água e não “aga”. Por que falo isso? Porque é um período de aprendizagem, ela é pequena e está formando em sua mente a concepção da palavra do que ela significa e como fala. São 3 processos que para nós, adultos que já temos isto formado, parece normal;  não pensamos para falar por que já fizemos isso quando criança.

Mas os pequenos ainda estão formando esses processos todos em sua mente. Imagine a criança ouvir água e “aga”. Como irá formar o conceito da palavra do que significa água e ainda falar; poderá ficar confusa e em vez de ajudar no processo de aprendizagem isso poderá gerar distúrbios sérios quando maiores, atrapalhar até mesmo na escrita quando estiver na fase de alfabetização. Escrevemos como falamos por isso algumas pessoas têm dificuldades em escrever se é com “x”, com “s” ou com “z”; então, por favor, pronunciem as palavras corretamente e não imitem as crianças; elas não falam errado , o seu aparelho fonoaudiológico está em formação.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Brinquedos precisam ser bem pensados na hora da compra

Cada fase de desenvolvimento da criança requer um tipo de jogo e/ou brinquedo. Quando vamos às lojas de brinquedos percebemos que nas caixas existem indicativos de idade, que são orientadores, mas mesmo assim percebo que algumas pessoas cometem erros na escolha dos mesmos. Por isso resolvi escrever este texto.

Estava em um aniversário outro dia e vou contar a cena para vocês. A criança estava fazendo quatro anos e não era alfabetizada ainda. Pois bem, chegou uma mulher convidada com um presente grande, embrulhado de forma bem chamativa, que despertou a atenção da criança de imediato. A criança abriu o brinquedo no mesmo momento e disse assim “mas eu não sei ler ainda, não posso brincar com este jogo”. A mãe com vergonha disse “vou guardar e quando você ficar maior e souber ler você brinca”. Essa resposta da mãe não ajudou em nada a frustração da criança que logo saiu de perto, mas serviu para amenizar a vergonha com a pessoa que deu o brinquedo.

Vamos pensar juntos...

A pessoa que comprou o brinquedo nem prestou atenção que a criança precisaria saber ler e escrever para jogar, isso não é correto. Quando ganhamos algo, queremos usar na mesma hora; se nós adultos somos assim, com as crianças também não é diferente.  A criança criou uma expectativa ao ver o pacote e depois se frustrou por que não poderia brincar. Ela foi espontânea quando disse que não poderia brincar, mas a mãe para aliviar a situação toda diz que vai guardar. A mãe não está errada. Errado foi quem comprou o brinquedo que não dá para a criança brincar naquele momento. Já pensou você comprar uma roupa e não poder usar, pois não serve naquele momento? É a mesma coisa. Comprem algo que realmente serve para aquela idade, assim vocês evitam constrangimentos de ambas às partes.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Chegada do bebê em casa: período de adaptação

Quanta espera na gravidez, depois o nascimento e finalmente indo para casa. Isso tudo é motivo de felicidade para toda a família, porém preciso que entendam que algumas mães de primeira viagem sofrem com esse cenário e os sentimentos são antagônicos: de um lado a felicidade e de outro a insegurança.

Quero que as mães saibam que isso é perfeitamente normal. São situações novas nunca antes experimentadas e que podem causar insegurança sim. Imagina você ser responsável por um ser que está nascendo, quantas dúvidas passam pela sua cabeça. Será que está com fome, com frio, como devo dar banho etc. Isso é perfeitamente compreensível, pois sempre queremos o melhor para quem amamos de fato.

Porém, minha preocupação reside na forma como lidam com esses medos, encaram-os de frente e pedem ajuda ou se calam e ficam remoendo por dentro? Depressões pós-parto por conta dessas situações de medo são comuns nas mulheres. Pior: como os homens são mais práticos muitas vezes não entendem a situação e não colaboram para amenizar esses conflitos internos femininos.  O mais correto e saudável é ter uma conversa franca, falar de seus medos, expor suas dúvidas, compartilhar seus receios. Da mesma forma que os homens também têm seus medos, mas como foram treinados por nós mulheres para serem fortes, eles não demonstram ou sentem vergonha de mostrar esse comportamento.

Um casal nesse momento precisa ser ouvido e ouvir um ao outro sem medos ou receios, mas para o bem da família e da criança que tanto desejaram. Ouço muitas queixas dos homens que acabam se separando por que dizem que quando o filho (a) nasceu ele ficou em segundo plano pela esposa. Isso acontece e muitas vezes a mulher não percebe, pois seus medos de não ser uma boa mãe a impedem de enxergar. Como seria muito mais fácil a convivência se as pessoas explicassem o que sentem de fato, sem medos ou receios de magoar o outro, mas sim para conviver de forma harmônica. Falem o que sintam homens e mulheres, convivam de forma harmônica e zelem pela relação um do outro, não estraguem os sonhos do casamento.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ano Novo e nova professora: alguns cuidados que os pais devem ter

No Brasil, o hábito de mudar de professor a cada ano é muito comum nas instituições de educação infantil. Não vou discutir aqui se está certo ou errado, mas como isso deve ser realizado de maneira a ajudar a criança nessa adaptação.

Pais, jamais façam comparações da professora antiga com essa nova na frente das crianças; cada ser humano pensa, sente e age de maneira diferenciada. Em hipótese alguma façam comentários que prejudiquem a adaptação, pelo contrário estimulem o máximo e elogiem a nova professora para a criança. Construir novos laços é difícil e por isso evitar comparações é a primeira tarefa a ser evitada.

As crianças precisam aprender que as pessoas passam por um determinado tempo em nossas vidas, depois elas se vão de uma forma ou de outra. Tudo que é novo pode causar estranhamento, ainda mais se as crianças já estavam acostumadas com a rotina da outra professora. Mas isso também pode ser saudável se pensado de outra forma. A mudança pode ser encarada como positiva, tudo nessa vida se transforma. Nada é para sempre; então ajude seu filho(a) a ver o lado positivo da mudança e sejam felizes sempre...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Volta às aulas... Vamos nos organizar?

Acabaram as férias e o Carnaval... É chegado o momento de preparar as crianças para voltar à rotina de ir para as instituições de ensino. O que fazer?

Bem, o correto é ir voltando aos poucos o horário de sono; uma semana antes é o ideal para que nosso relógio biológico vá se acostumando aos horários de rotina, pois nas férias geralmente as crianças dormem mais tarde, comem em horários diferentes. Isso é saudável, sair da rotina quando se está de férias, mas voltar a ela exige alguns cuidados.

As crianças vão achar ruim por que podem dizer que só têm uma semana para aproveitar o restinho de férias. Então o melhor a fazer é explicar, conversar e também entrar na rotina deles, de nada adianta dizer ou até mesmo gritar “você tem que dormir” e você, adulto, não ir. No começo elas podem demorar a dormir, o que fazer? Conte histórias saudáveis, não histórias de medo, que podem até atrapalhar o sono se a criança ficar com medo e no lugar de dar sono ela poderá ficar acordada.

Coloquem músicas calmas e relaxantes, façam massagens com óleos de cheiro; enfim, ficar falando “fecha o olho que você dorme” às vezes não funciona pois as crianças não estão com sono. Vá retomando a rotina, convide-as para organizarem seus materiais. Compre coisas novas se precisarem, mas deixem que participem dessa organização junto com você.

Vejo muitos pais errando quando fazem tudo para as crianças: arrumam até suas mochilas. Isso não as ajuda a ter independência e autonomia. É claro que é o papel dos pais olhar se eles arrumaram certo, mas não arrumar por eles. Muitas vezes na correria do dia a dia é mais fácil você adulto fazer, demora menos, mas não educa.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Tudo o que a criança desconhece pode causar medo

Já escrevi aqui em vários outros textos que as crianças possuem medo do que é desconhecido, pois elas são concretas. Fico me indagando qual é a graça de um adulto em verbalizar para as crianças situações que causam medo; e alguns ainda tiram sarro e dão risadas delas quando fazem esse tipo de brincadeira. Muitas crianças começam a chorar quando um adulto impõe esse tipo de situação e muitos adultos riem mais ainda delas.

Para que isto? O que tem de educativo? Quem sai ganhando com esse tipo de chacota? 

Um adulto que faz esse tipo de situação no meu conceito é infeliz e quer que os outros também sejam. Mais do que isso, é totalmente carente e precisa chamar a atenção de alguma forma. São esses comportamentos que vocês que têm essa atitude ensinam aos pequenos, para que sejam a serem fracos, carentes e pessoas infelizes.

Preciso que os pais reflitam sobre essas situações, busquem ajuda se não estão bem consigo mesmos, mas não descontem nos pequenos suas frustrações e medos. Se amam, passem a amar primeiro a si mesmos. Pois quem ama quer sempre o melhor para si e para os outros que estão ao seu redor.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Reaproveitando objetos que podem ser utilizados para as crianças brincarem

 Secadores de cabelo quebrados, mas sem os fios e a tomada; telefones celulares, ferros de passar roupa, enfim, eletrodomésticos sem utilidade em casa podem ser colocados para as crianças se divertirem juntamente com seus objetos de brinquedo. É claro que alguns cuidados devem ser respeitados do tipo jarra de vidro de cafeterias devem ser evitadas, pois quebram e podem machucar as crianças. Estou me referindo a eletrodomésticos que possam ser reutilizados sem que ofereçam nenhum tipo de perigo.

Vocês devem estar se questionando: por que ela está escrevendo um texto sobre isto?

Porque muitas vezes os adultos acham que somente brinquedos comprados servem para as crianças brincarem quando, na verdade, elas gostam e precisam sentir que a realidade está presente em suas brincadeiras. E com os objetos reais a fantasia e a imaginação das brincadeiras se misturam com elementos reais, isto lhes proporciona significar e ressignificar objetos em seus momentos de faz-de-conta. Trazendo-o para os mesmos elementos da realidade. Em termos psicológicos isto é muito saudável, pois as crianças diferenciam imaginação da realidade. Portanto, não joguem mais fora objetos de uso doméstico que podem virar brinquedos para os pequenos

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Repetir várias vezes para que a criança aprenda

Uma mãe me solicitou que explicasse por que ela precisa falar tantas vezes para que sua filha de 5 anos aprenda alguma coisa.

Eu respondi para essa mãe com a seguinte pergunta:  Você aprende a fazer uma receita nova de culinária já na primeira vez que faz e decora todos os ingredientes e o modo de fazer ou precisa ler a receita? Ela respondeu que precisa ler a receita. Então, a criança não sabe ler ainda e ela precisa que nós, adultos, repitamos várias e várias vezes a mesma situação para que ela aprenda.

Temos a mania de exigir das crianças aquilo que nem nós adultos conseguimos fazer! Por que isto? Não seria mais fácil explicar, conversar, tornar a explicar sem estresse? A criança assimilaria brincando, aprendendo de fato e quando adulto também saberia explicar aos seus filhos (as). Pensem nisto... 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Pesquisar na internet não é “Control c” e “Control v”...

Várias professoras têm me questionado sobre o uso das tecnologias na educação das crianças. Relatam que as crianças usam descontroladamente a ferramenta, que em nada isso está a ajudar na educação; que, pelo contrário, elas estão deixando as crianças sem respeito, e por aí vão às queixas e mais queixas...

Vamos às reflexões...

Negar o uso de tecnologias em sala de aula, em pesquisas escolares, está errado, pois se antes dessa forma de ferramenta buscávamos as enciclopédias como a “Barsa”, hoje buscamos a internet. O problema está na orientação destas ferramentas. E cabe aos professores orientar esse uso tanto aos pais quanto para as crianças.

Concordo que pesquisar não é colocar no Google, abrir e dar o “Control c” e “Control v”. Mas para que as crianças não façam isso é necessário ensinar como se usa, instigar o pensamento científico e a partir de uma problemática pedir que as crianças elaborem hipóteses, pesquisem e cheguem a conclusões do que foi pesquisado. Elaborem um relatório do caminho que percorreram desde o levantamento da problemática, a coleta de dados e as conclusões. Isso sim é usar a tecnologia de maneira coerente e correta.

Outra situação é  ensinar a pesquisar, o que pode ser retirado da internet e o que não pode. Orientar em como colocar as referências de onde pesquisou também faz parte do ensinar o uso da ferramenta de forma eficaz e eficiente. Não tem como negar mais o uso desses instrumentos no cotidiano de nossas vidas. Mas saber como utilizar faz parte do processo de ensino e aprendizagem. Essa pauta é excelente para discussão em uma reunião de professores e também com os pais.  Todos precisam saber como fazer uso dessas ferramentas para auxiliar o desenvolvimento integral e integrado das crianças.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O que fazer quando a criança promete, mas não cumpre?

Primeiro preciso contar o que me foi perguntado por uma mãe. Uma menina de sete anos estava puxando a pelinha da boca e formando feridas com este ato. A mãe já tinha  falado e até ameaçado a criança que iria levá-la ao médico. E a menina continuava arrancando as pelinhas da boca. A mãe me perguntou “o que eu faço?”

Disse que ela explicasse para a criança por que não poderia puxar as pelinhas da boca, o que isto causaria. E mais: explicasse sobre a importância da pele para as pessoas, enfim que dialogasse com a criança até que a mesma se conscientizasse do por que não poderia fazer isto. Pois antes a mãe não estava conscientizando e sim brigando, xingando e ameaçando a criança. Depois que a criança entendesse de fato, orientei a mãe que fizesse prometer que não iria mais puxar as peles da boca. E que se a criança não cumprisse o prometido a mãe deveria cobrar a promessa. Por que cobrar a promessa? Porque devemos ensinar desde cedo que quando cumprisse algo temos que fazer de fato. Somente pedi para a mãe que quando prometesse algo para a criança também cumprisse por que senão a criança não teria referencial para se espelhar.

Pois bem, passadas duas semanas a mãe me manda um e-mail para informar que a filha tinha parado de puxar as peles da boca e que já havia cicatrizado tudo. Estão vendo como é fácil? É somente explicar, conversar e fazer a criança tomar consciência de seus atos que elas param de ter um comportamento que não seja conveniente. O problema está que muitos adultos não têm paciência para conversar com as crianças e acham que gritando, xingando e/ou ameaçando resolvem o problema, enquanto podem sim é piorar a situação.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Idade dos vários “por ques”: Se ela tirar sangue, ela não vai morrer?

Eu estava em um posto de saúde fazendo alguns exames quando uma criança começou a indagar a mãe. Para que ela precisa tirar sangue?  A mãe responde “é preciso para saber se a pessoa tem alguma doença”.
A criança continua: Mas que doença ela tem? A mãe responde: não sei, com o exame de sangue o médico irá ver... Passado algum tempo a criança retorna à sessão de perguntas. “Mas mãe, se ela tirar sangue ela não vai morrer?”. A mãe diz “não” e continua a conversar com uma pessoa que está ao seu lado.

A criança permanece com curiosidade e pergunta: Por que não? A mãe, já sem paciência, responde: “Eu já te disse que não: agora para de perguntar por que eu estou conversando com esta senhora.” Mas essa atitude não foi assim tão calma, pelo contrário foi bem exaltada. A criança então reage com a mãe e começa a chorar, pois levou uma bronca na frente de outras pessoas. Parem e pensem...

Quantos de nós adultos ficamos sem respostas de nossos pais? Não seria melhor parar a conversa, acabar com a curiosidade da criança e depois retornar ao diálogo com a senhora? Isto seria mais prudente, saciaria a curiosidade infantil, seria respeitoso com a criança e com os adultos que estavam em volta, pois não precisariam presenciar agressões físicas e, acima de tudo, seria respeitar os direitos das crianças de liberdade de expressão.

A criança aprenderia o que é, para que serve um exame de sangue e quando precisasse saber era só lembrá-la da conversa que tiveram lá no posto de saúde. Evitaria tantos constrangimentos futuros. Mas para isso essa mãe precisaria ter paciência para conversar, falar, explicar quantas perguntas fosse necessário. Eu ficaria contente em ver que meu filho (a) está curioso para aprender em vez de dar bronca nele.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Medo de insetos...

 Estava em uma chácara com duas crianças que moram em cidades grandes. Vieram passar as férias na casa dos primos no interior. À noite elas estavam na varanda a brincar quando apareceu um inseto que “acendia”, um vaga-lume. Para as crianças que moram nesta chácara nada de anormal, estão acostumadas com esse e outros insetos. O problema é que uma das crianças que mora na metrópole começou a chorar e dizia “estou com medo”. Ela saiu correndo para perto dos adultos e dizia: “vi um bicho enorme que acende, vai me morder, estou com medo”.

Isso foi motivo de risada por parte de alguns adultos; eles diziam “imagina, um bichinho daquele pequeno não faz nada, ele se chama vaga-lume, ele não faz mal a ninguém”. E a criança continuava a falar “estou com medo” e não queria mais ir brincar na varanda. Foi uma choradeira só.

O que os adultos deveriam ter feito: não dar risada da criança que estava chorando e sim explicar que bichinho era aquele, o porquê ele acende. Enfim, deveriam ter conversado com as crianças sobre os insetos, isto acalmaria quem estava chorando e, mais ainda, poderia ter se tornado uma pesquisa divertida sobre os insetos. Seria uma aprendizagem por pesquisa e descoberta, a partir de uma vivência que estava ocorrendo. A criança se acalmaria e todos aprenderiam. Aposto que tem adulto que não conhece e não sabe como funcionam os insetos e especificamente os vaga-lumes.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Meu filho mistura português e espanhol e ele foi reprovado em português; o que eu faço?

Esta queixa chegou-me por uma mãe que é peruana e que mora no Brasil há muito tempo.  Seu filho nasceu aqui, o pai é brasileiro, porém ela conversa com o menino em espanhol e o pai em português; assim, a criança aprenderia as duas línguas simultaneamente. Parece perfeito...

Porém, a criança está trocando português e espanhol quando escreve. Lembrem-se: nós escrevemos como falamos. E pior: como ele está matriculado em um colégio extremamente tradicional a professora não entendeu isto e não trabalhou com ele de maneira diferenciada. O menino foi reprovado em língua portuguesa. O que eu faço me perguntava a mãe?

Primeiro é necessário que haja um acompanhamento diferenciado para esta criança no meio escolar quanto à alfabetização na língua portuguesa. Reprovar esta criança não é o caminho mais correto uma vez que em sua casa existem os dois vocabulários por parte das famílias; de um lado eles falam português e de outro, espanhol. Algumas palavras são muito parecidas outras nem tanto nos dois idiomas. Corrigir a criança de forma construtiva é a melhor saída, mas como fazer isto?

 Simples. Quando ele estiver escrevendo em português e misturar as palavras, peça para ele ler o que escreveu e corrigir em português quando estiver escrevendo nesta língua e o mesmo procedimento vale para o espanhol. Ele terá que ir assimilando as diferenças de uma língua e de outra naturalmente. Sem dizer que está errado,  falar “em português se escreve assim e em espanhol é de outro jeito”. Desta forma a criança vai aprendendo as duas línguas de maneira correta, sem medos ou cobranças de que está errado. Viu como é fácil? Basta só querer.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Crianças têm medo de ir ao médico?

Bem, vamos entender direito esta pergunta. Quando a criança nasce ela sabe o que é um médico? Não, mas ao longo de sua existência alguns adultos para poder controlar e adestrar as crianças começam a colocar medos nelas. E verbalizam a todo o momento: “se não fizer isto eu vou te levar no médico e mandar ele te dar uma injeção”. E assim vão as ameaças quanto a ir ao médico. Se a criança já tomou injeção sabe que dói um pouquinho, pronto o medo se instaura.

Minha preocupação maior está no fato de que as crianças precisam fazer um acompanhamento médico e devido a esses medos instaurados em minha opinião equivocadamente, elas apresentam comportamentos aversivos a médicos e tudo o que está relacionado ao mesmo.

Para que fazer isto, por que colocar medos em vez de educar e ensinar a realidade dos fatos e mais ainda por que querer controlar e adestrar as crianças? Elas são seres que necessitam de nossa atenção, carinho e respeito. Em vez de colocar medos, ensine-as serem felizes; o mundo seria tão mais fácil se as pessoas entendessem de fato que nós é que provocamos tudo uns nos outros.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Para que já deu! Estou avisando, chega..!

Ouvi isto de um pai para um garoto de seis anos na praia. O garoto estava pedindo para tomar mais um sorvete. Ela já havia tomado quatro naquela manhã. O pai respondia que não, que não ia pagar mais sorvete para ele. O menino disse “você pode tomar mais do que quatro cervejas e eu não posso tomar mais do que quatro sorvetes num dia que está calor como esse? Quando o menino verbalizou isto, o pai ficou enfurecido e disse: Para que já deu! Eu estou avisando, chega! O menino então começa a chorar, vira-se para a mãe. E ela disse: “Seu pai já disse que chega, então chega!”

Fiquei somente observando a cena. Neste momento o pai pega mais uma latinha de cerveja do isopor e toma, o menino engole as lágrimas, pois sabia que se não parasse, poderia apanhar. Por trás dessa frase está uma situação muito ameaçadora e que quer dizer “me respeita que quem manda aqui sou eu. Eu sou o pai e mando”. Por outro lado não havia exemplo nenhum, uma vez que o pai podia tomar cervejas e o filho não podia tomar mais sorvetes.

Também fiquei observando melhor a cena e pude perceber que as cervejas eram trazidas de casa e os sorvetes comprados ali na hora; sei que em praia com criança se gasta muito, então fiquei pensando “será que eles possuem dinheiro para comprar tantos sorvetes assim?”. Mesmo se não tivessem, deveriam conversar com a criança, não sou a favor de comprar tudo, não é isto, mas acho que com conversa e entendimento a criança não precisaria fazer a cena e os pais não passariam vergonha na frente de estranhos.

Férias em lugar estranho é complicado; filhos (as) querem tudo mesmo, mas explicar para a criança é a melhor forma do que ameaçar...